sábado, 28 de agosto de 2010

"Um tapinha não dói?"

A lei que proibe qualquer tipo de castigo físico em crianças é um passo gigante para uma educação consciente, fico triste que seja necessário uma lei para impedir os pais de cometerem tamanha ignorância.
A legislação previa que os pais seriam punidos apenas se houvessem castigos abusivos, agora pergunto se bater numa criança que não tem condições de se defender, não é abusivo? É público e notório que agressão não resolve nenhum tipo de indisciplina.
Quase todas as pessoas que vão pra cadeia, apanham lá dentro, é a triste verdade, e voltam a cometer crime quando saem de lá. Isso confirma que recuperar as pessoas não inclui castigos físicos, mas sim conscientização, o que uma boa conversa no caso dos filhos, e um tratamento sério no caso de criminosos, resolve.
A agressão tanto física quanto psicológica deixa marcas na criança pro resto da vida, é a velha história de que quem bate esquece, quem apanha não. Se os pais soubessem o dano irreparável que causam na auto-estima da criança, jamais cometeriam tamanha atrocidade.
Educação tem a ver com carinho, amor, repreensão, mas não com tapa. Na maioria das vezes os pais não agridem pelo que a criança fez, mas por perderem a paciência por que tem contas, vizinhos chatos, o chefe que é um porre, sem preceber que a criança não tem culpa por nada disso.
Essa agressão, que na minha humilde opinião é gratuita, gera um sentimento de que perder o controle é normal, que podemos descontar em qualquer um nossos problemas, frustações ou sei lá mais o que, por que ele 'pisou no nosso pé', e temos como resoltado um mundo doente.
Acho que se todas as vezes que estivessemos a ponto de perder a paciência parassemos por 30 segundos antes de falar, ou fazer qualquer coisa, as coisas seriam muito diferentes. Entendo que não seja fácil, mas cuidar de nossos filhos é nossa obrigação e vale a pena refletir sobre isso.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Apenas cinco minutos

Andei pensando essa semana o que era preciso pra mudar uma vida, então pensei em todas as vezes que eu mudei a minha e acabei percebendo que as pessoas são especiais e importante, mas que mudar dependia majoritariamente de mim. É triste ver como andamos tão ocupados com coisas que julgamos demasiadamente importantes, que sequer tiramos 10 minutos do nosso dia pra nós de verdade!
A vida as vezes prega peças na gente, e acho que tudo serve pra que revisemos sempre nossos conceitos sobre tudo. O que vale ou não a pena é uma questão de ponto de vista, mas pensar sobre isso é uma obrigação nossa. Assumir as responsabilidades pode ser muito difícil, mas acredite negligencia-las é ainda pior... Adiamos coisas que não poderiam ser adiadas, e pagamos o preço por isso. Como você está gastando o seu tempo?
Vou apostar hoje em um texto curtinho, e pra que não vire 'auto-ajuda' vou fazer um propostar, tirar cinco minutos do seu dia pra ajudar alguém, acredite isso pode mudar uma vida. Tem algum tempo que gastaram cinco minutos comigo, e isso é importante pra mim até hoje. Por isso resolvi gastar aqui esse tempinho, experimente se doar por 5 minutinhos, ajudar as pessoas é algo inexplicavelmente bom.
Obrigada pelos cinco minutos que gastou prestando atenção no que eu penso, se quiser deixar um comentário, mandar um e-mail, um recadinho que seja, ficarei muito feliz em retribuir com os meus minutinhos... Quando tornamos a caridade um hábito, a felicidade faz-se hábito também.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Viver...

Poesia é olhar pra coisas simples e cotidianas de uma forma diferente. Decidi encarar minha vida uma forma mais singular, é a velha história do copo d'água pela metade, você pode achar que ele está meio vazio ou que está meio cheio... Certamente é um pouco clichê, mas determinadas atitudes fazem uma enorme diferença na nossa vida.
Percebi que uma mudança de hábitos muda toda uma trajetória, e que muitas vezes é apenas uma questão de ponto vista. Por exemplo, você pode sofrer por não ter um namorado ou aprovitar que está solteira pra conhecer pessoas novas.
Reverencio quem inventou o calendário, ele nos dá a mágica impressão de que a vida não continua, mas recomeça a cada novo dia. E de certa forma ela realmente recomeça, os dias nunca são iguais, mas as chances se abrem pra nós toda vez que levantamos da cama de manhã.
Não gosto de frases feitas, mas ás vezes elas são úteis... Não curto me apegar ao lúdico, eu quero ter a certeza, mesmo que irreal, de que posso encostar em algo sólido. Gosto de achar que tenho o controle da situação, mas estou convencida de que a realidade pode ser encarada com otimismo sem perder a razão.
Não acredito em coincidências, acho que tudo tem uma razão de ser. Por que digo isso? Andei deprimida e liguei o rádio quando tocou: "Nunca deixem que lhe digam que não vale a pena acreditar nos sonhos que se tem, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém", Renato Russo sempre brilhante. Resolvi passar a mensagem a diante, a fim de que ela encontre alguém que precise, hoje ou amanhã, não importa quando, mas uma hora a gente sempre precisa!
Um grande beijo, e a dica de hoje é: Se tiverem tempo, leiam 'As cinco pessoas que você encontra no céu' (Mitch Albom), é realmente elucidante.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Quem inventou o amor, me explica por favor..'".

Hoje fui tomada por um espírito romântico, ou não, e resolvi falar de amor. Demorei muito tempo pra entender que relacionamento nem sempre significa amor, ou melhor que na maioria das vezes se faz oposto a ele. São coisas que não dependem uma da outra, coexistem mesmo que jamais se encontrem. Percebi que não sofremos por amor, mas sim por um relacionamento, ou pela falta dele.
Nunca acreditei no papo de que amor verdadeiro só existe um. Se me mandam escolher o 'real' opto sempre pelo atual, mas não posso admitir nunca que todos os outros foram de mentira. Quando se tem 12 anos e se apaixona pelo menino de uma série a mais, ainda não existe noção de como enganar um 'amor', então isso não pode ser falso. A partir dessa conclusão que as definições separam-se na minha cabeça, amor existe sozinho, basta-se, não precisa de alimento pra nascer ou existir... Já a relação vêm acoplada de uma série de valores morais e sociais, e que necessariamente, existem em comum acordo.
O único amor pleno é o platônico, vive de si e alimenta-se justamente da distância... Quem dera pudéssemos viver dele. Mas queremos o toque, o carinho, queremos a troca e acabamos nos deparando com brigas, cobranças e ciúmes, o que muita gente chama de 'relação estável'. Não sou contra o casamento, ou relacionamentos, mas acredito que é real aquilo que pode ser posto de frente com a razão e sair vitorioso.
Me disseram que praticamente 50% dos casamentos terminam em divórcio, isso só me prova que como todas as outras coisas que conheço, o relacionamento tem metade de chance dar certo, bem como tem metade de chance de dar errado. Agora deixo um conselho, que não passa de achismo meu, se tiver que escolher entre amor e casamento, escolha o amor, porque o amor nunca termina, nem mesmo quando acaba.